42ª ASPEN – iBesc discute novas fontes de energia, segurança energética, mudanças climáticas e descarbonização da matriz em encontro realizado em São Paulo

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Categoria: Notícias, Webinar

Executivos da Aggreko, CIBiogás, EPE e Energy Hub Ventures estiveram entre os palestrantes do evento, que foi realizado na sede do Sindipeças

No dia 28 de junho, o Instituto Besc de Humanidades e Economia (iBesc) reuniu conselheiros de vários estados do Brasil para realizar a 42ª ASPEN (Assembleia Permanente pela Eficiência Nacional). O evento aconteceu na sede da Sindipeças e Abipeças, contando com a participação de quatro palestrantes para discutir  os “Desafios e Oportunidades da Transição Energética em Direção ao Net Zero”.

A edição foi realizada de forma híbrida (presencial e virtual) e teve como mediador Cristiano Saito, líder de Desenvolvimento de Negócios da Aggreko, que ressaltou a importância do tema para o país. “É necessário entender as peculiaridades do Brasil, um país extenso e rico em recursos energéticos, para adequar as soluções e projetos, capazes de garantir cada vez mais segurança energética conforme caminhamos para a descarbonização da matriz energética”, afirma Saito.

Os assuntos mais relevantes para o setor foram apresentados, começando com Luciano Oliveira,  consultor técnico da Diretoria de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que trouxe uma visão do cenário energético do Brasil e como será a matriz nos próximos anos, além de explicar a visão do PNE 2050.

Segundo Luciano, a matriz elétrica Brasileira já é majoritariamente renovável, porém nossas emissões de carbono per capita correspondem a 1/3 da UE e China, por exemplo. Nossas questões relacionadas à transição para uma economia de baixo carbono estão mais na matriz energética, como nos setores de transporte e indústria.  “A transição energética precisa envolver os três D’s: descarbonização, descentralização e digitalização”, enfatiza o especialista ao analisar os custos de investimentos no Brasil, que podem trazer mudanças ainda mais significativas para os setores de refinaria e biobunkers.

O diretor-presidente da CiBiogás, Rafael González, trouxe um aprofundamento sobre combustíveis alternativos para geração de energia. “Biocombustíveis representam apenas 10% da participação de renováveis em todo o mundo, enquanto que no Brasil representam 28%. Ou seja, é uma grande oportunidade de negócio. O caminho para uma economia de baixo carbono é a criação de melhores condições institucionais, maior clareza quanto à descarbonização e o próprio setor de combustíveis estarem mais inseridos neste universo”, explica González que, no comando da CiBiogás, estuda o potencial do biogás de norte a sul do país.

Rodrigo Salim, Diretor de Renováveis e Baterias da Aggreko, demonstrou casos práticos de soluções de armazenamento e integração de renováveis. Ao discorrer sobre a importância das baterias nas soluções híbridas, Salim diz que “existem múltiplas dimensões de um projeto de armazenamento, pois além de ser uma maneira de diminuir as emissões, é um negócio. Tornar tais sistemas mais eficientes geram benefícios econômicos e sociais”.

As tendências em tecnologia, inovação e desafios atuais para a escalada das soluções inovadoras em energia foi o último assunto do painel. Luiz Mandarino, sócio e idealizador do Sai do Papel e Energy Ventures Hub, falou sobre o contexto econômico atual e como a inovação aberta pode ser o futuro do setor. “A grande mensagem é que o mercado se tornou muito complexo, o que cria grandes desafios tecnológicos. A integração de diferentes soluções, tanto de startups quanto de universidades, é uma das vias que possibilitam criar novos modelos de negócios”.

A presidente do iBesc Jussara Ribeiro, encerrou a 42ª ASPEN destacando sua satisfação em gerar material de alta qualidade por meio das reuniões e visitas técnicas que são promovidas mensalmente.

Para assistir ao webinário, basta clicar aqui.

VISITA GUIADA USINA DE BIOGÁS EM MAUÁ

A presidente do iBesc e conselheiros conferiram de perto o impacto positivo da Lara Central de Tratamento de Resíduos, em Mauá (SP), usina que gera 5MW de energia limpa. A planta é fruto da parceria entre a Aggreko e a Eva Energia, que assinaram contrato em 2021 para instalação de duas usinas de geração de energia elétrica a partir do biogás, dos aterros sanitários localizados em Seropédica (RJ) e Mauá (SP). A planta paulista representa 27% da capacidade total instalada da Eva Energia, empresa associada ao Grupo Urca Energia.

A Aggreko é fornecedora dos geradores para a operação das usinas em Seropédica (RJ) e Mauá (SP), onde a produção de energia limpa parte de duas fontes: resíduos orgânicos de aterro sanitário e dejetos de suínos, respectivamente. 

SOBRE O INSTITUTO BESC

O Instituto Besc de Humanidades e Economia, fundado em fevereiro de 2009, tem sede em Belo Horizonte, com propósito de contribuir para a estruturação de políticas de investimento público-privado para o desenvolvimento econômico e social do brasileiro, direcionadas ao crescimento da produção e à inserção de todas as regiões do Brasil no universo do conhecimento, do saber e do bem-estar social.




Fotos da visita técnica: